O juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri, Guilherme Queiroz Lacerda, recebeu a denúncia do Ministério Público contra o estudante de medicina da UFMG V.G.C.R., acusado de tentativa de homicídio contra uma colega de curso.
O estudante foi denunciado pelo crime de homicídio, previsto no artigo 121 do Código Penal, duplamente qualificado pelos incisos II e IV, ou seja, por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima, uma vez que a surpreendeu pelas costas, na garagem do prédio onde ela reside com os pais. Ele vai responder pelo crime na modalidade de tentativa (artigo 14-II) e ainda pelo crime de lesão corporal, por ter ferido o pai da vítima no momento da fuga.
Reconhecendo presentes os indícios do crime e de sua autoria, o juiz Guilherme Queiroz recebeu a denúncia e estipulou um prazo de dez dias para o estudante responder à acusação, após a citação.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime foi cometido pelo inconformismo do estudante com a rejeição da colega. O MP baseou-se nas provas periciais e nos depoimentos da vítima, de testemunhas e do próprio réu, que confessou o crime à polícia.
Acusado e vítima eram colegas da 136ª turma de medicina da UFMG e se conheciam desde 2008, quando o estudante diz ter começado a sentir-se atraído pela colega.
Em 19 de março deste ano, durante uma festa do diretório acadêmico de medicina, realizada na av. Alfredo Balena, o acusado viu a colega beijando outro rapaz, o que, segundo ele, despertou-lhe ciúme. Ele ainda teria tentado se aproximar da colega quando viu que ela iria deixar a festa desacompanhada e oferecer-lhe carona, mas foi “rejeitado”.
Ele seguiu o carro em que ela estava, dirigido por seu pai, e, quando a colega desembarcou na porta do prédio onde morava, enquanto o pai estacionava, o acusado a atacou pelas costas, usando uma faca de cozinha que ficava em seu veículo. Ele desferiu vários golpes enquanto a vítima tentava escapar e gritava por ajuda.
O pai da vítima veio em seu socorro e, ao surpreender o estudante, também foi atacado e ferido. O acusado saltou as grades do prédio e fugiu em seu carro para a casa de seus pais em Abaeté/MG.
Na delegacia, quando se apresentou dias depois, confessou o crime e disse que agiu “por raiva, após sentir-se desprezado”, mas que estava arrependido pela “bobagem” que havia feito.
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Proc. nº. 002411144040-0
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