Recife (PE), 04/11/2010 - A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Pernambuco apresenta hoje (04) ao Ministério Público Federal notícia-crime contra a estudante de Direito de São Paulo, Mayara Petruso. O MPF decidirá se é cabível ação contra a universitária, que é apontada como uma das responsáveis pela onda de manifestações de preconceito contra nordestinos na Internet, após o anúncio da vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff, nas eleições presidenciais. A estudante teria divulgado, por intermédio da rede social Twitter, que "nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado", o que se caracterizaria crimes de racismo e de incitação pública à pratica delituosa.
Para o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, o preocupante é o fato de não ser um ato isolado nem incomum e tais ações têm por objetivo caluniar e difamar as pessoas que moram na região Nordeste. "Isso não pode crescer. É o momento de as instituições reagirem, de efetivamente mostrarem que quem fizer será punido. A verdade é que as pessoas praticam esses atos delituosos na certeza de que não serão punidas".
Ainda na avaliação do presidente da OAB-PE, é irrelevante identificar se Mayara foi a primeira ou não a se manifestar contra a população do Nordeste. "Se ao longo da instrução do processo identificarmos as outras pessoas, isso não obsta que possamos mover notícia-crime também contra os outros participantes", afirmou.
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