Presidente da OAB cobrou apuração dos responsáveis pelos erros. Segundo Inep, nenhum estudante será prejudicado pelas falhas.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, avaliou neste domingo (7) que os erros verificados no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são "mais um desastre na área da educação" e cobrou a apuração dos responsáveis.
"A Ordem dos Advogados do Brasil está solidária com os estudantes e com as suas famílias. É um erro que se repete e, por isso mesmo, deve ser apurada a responsabilidade das autoridades responsáveis por mais um desastre na área da Educação, principalmente porque é de conhecimento público que o próprio MEC [Ministério da Educação] pressionou as universidades a adotar o Enem como avaliação para ingresso", disse Cavalcante.
O primeiro dia de provas do Enem 2010, no sábado (6), foi marcado por confusão. Na saída, os estudantes reclamaram da inversão dos nomes das áreas na folha de respostas e de problemas na prova amarela. Alguns jovens disseram que preencheram o gabarito com as questões invertidas.
Em entrevista, ainda no sábado, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Joaquim José Soares Neto, disse que foi informado sobre o erro na impressão do caderno de respostas por volta das 13h. Segundo ele, a orientação aos monitores foi passada "imediatamente". Ele afirmou que nenhum estudante sera prejudicado.
Para o presidente da OAB, o Ministério da Educação deve agir com o objetivo de não prejudicar os inscritos que pretendiam usar o Enem como uma ajuda para ingressar na universidade. "É lamentável que, mais uma vez, o sonho de milhares de estudantes brasileiros que desejam ingressar nas universidades públicas possa vir a ser frustrado pela irresponsabilidade dos órgãos governamentais encarregados da elaboração da prova do Enem", disse.
Ainda no sábado, Ministério da Educação informou que deve abrir um espaço, no site, a partir da semana que vem, para que os alunos que se sentirem prejudicados possam abrir um requerimento. De acordo com o presidente do Inep, cada caso será analisado separadamente e pode haver uma "variação" na correção. "Quem preencheu invertido, o Inep vai corrigir de forma invertida", falou.
Soares Neto disse ainda que será aberta uma investigação administrativa para verificar os problemas do primeiro dia de provas.
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