A segunda fase do 3º Exame de Ordem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), realizada neste domingo (18), teve índice de abstenção de 2,3%. Foram convocados para essa etapa mais de 18,7 mil candidatos, em 26 Estados e no Distrito Federal. A avaliação havia sido aplicada no dia 28 de fevereiro, mas foi cancelada devido a uma suspeita de fraude em Osasco (SP).
Na segunda fase, o candidato é avaliado por uma prova prático-profissional, que inclui a redação de peça jurídica e de cinco questões sobre a área de do direito de escolha do candidato. A nota mínima para aprovação é 6. A relação de aprovados deve ser divulgada no dia 7 de maio; o gabarito está previsto para ser divulgado no mesmo dia.
De acordo com o Cespe/UnB, organizador da prova, a logística de realização do exame foi reestruturada: para a reaplicação, foram mobilizados em torno de quatro mil colaboradores. As coordenações de prova foram reforçadas e cada local contou com dois coordenadores do Centro.
Além disso, o Cespe/UnB e o Conselho Federal da OAB instituíram o Comitê Gestor da Aplicação, composto por membros de ambas as instituições, que tinha como missão dirimir todas as dúvidas do processo de aplicação para as quais não houvesse previsão em edital. Os custos do novo exame foram arcados inicialmente pelo Cespe/UnB. A decisão sobre qual instituição assumirá efetivamente a despesa só sairá após a conclusão da investigação da Polícia Federal.
Fraude
Segundo a comissão de exame da OAB em São Paulo, na prova prático-profissional, um candidato escondia as questões em uma folha de papel encontrada em um livro de consulta. Algumas delas estavam datilografadas e outras, manuscritas.
Ao ser flagrado, o candidato foi retirado da sala. A OAB informou que o candidato se recusou a revelar como conseguiu as questões, e que não houve nenhum outro caso de fraude em todo o país.
A irregularidade está sendo investigada pela Polícia Federal. O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, comunicou o problema no dia 2 deste mês, quando a Ordem tomou conhecimento. Ao todo, 18.720 candidatos terão que refazer a prova.
Em nota, o Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília), órgão responsável pela aplicação da prova junto com a OAB, estima que o custo do novo exame fique em torno de R$ 1,3 milhão - mesmo valor do exame anterior.
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