O juiz da 3ª Vara Criminal, Murilo Kieling, condenou nesta quinta-feira, dia 4, o ex-policial militar Rafael Mesquita Borges a 10 anos de reclusão pela tentativa de assassinato de sua ex-namorada, em plena luz do dia, em 2008, na Linha Amarela. Ele disparou inúmeros tiros contra a vítima, com uma arma que pertencia à corporação. O réu cometeu o crime porque ficou enciumado com o relacionamento de um grande amigo de infância com sua ex-namorada.
Segundo o magistrado, o ex-militar apresentava “uma espécie de destempero e lhe faltava condição para o porte de uma arma de fogo”. Ao analisar o perfil do condenado, o juiz disse ainda que ele não esboçava qualquer espécie de demonstração de sentimentos.
“As paixões cegas ou mesmo as raciocinantes apresentam limites. O homem, após a insensatez, se desculpa ou evidencia remorso. No caso concreto, o perfil do imputado denuncia o absoluto desajuste para o exercício de guardião da sociedade”, explicou o magistrado.
O juiz decretou a perda do cargo público de policial militar, por “absoluta incompatibilidade para o exercício das funções de proteger os bens jurídicos e zelar pela integridade física das pessoas, notadamente em razão dos atos praticados e de sua conduta superveniente”. Ainda cabe recurso da sentença.
Processo n.º 0373517 792008.8.19.0001
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