Objetivo da instituição é chegar a todos os municípios do País, por isso criou o modelo +BB, que atua junto a um correspondente
Nelson Rocco, iG São Paulo | 17/08/2010 05:45
O Banco do Brasil estabeleceu como meta atender a todos os municípios do País. Para isso, criou um novo modelo de agência, a +BB, com um número reduzido de funcionários, que atua em parceria com um correspondente. É a agência “complementar”. A primeira já está em funcionamento no município de Anhembi, no interior de São Paulo. Segundo Aldemir Bendine, presidente do BB, até o final de 2011, serão 500 agências no novo modelo. “Em quatro anos, serão 2,2 mil agências”, prevê.
Segundo Bendine, o BB tem a maior rede de atendimento do País. Os dados que acompanham o balanço do segundo trimestre deste ano mostram que eram 18.286 pontos de atendimento no Brasil, com alta de 6,3% sobre os números de um ano antes. Os terminais de auto-atendimento somavam 54,137 mil ao final de junho, 5,1% acima do mesmo mês de 2009. Isso para atender uma clientela de mais de 32,6 milhões de clientes. Parte dessa clientela é adepta da movimentação pela internet. De acordo com os dados do banco, 10,2 milhões de pessoas acessam o BB pela web, 12,9% mais que no final de junho do ano passado.
Para o presidente do BB, é natural que a larga escala das transações eletrônicas continue em aceleração. “Porém, por mais que tenhamos operações automatizadas, precisamos de clientes e para isso temos de ter agências. É por maio delas que captamos clientes”, afirma ele. “O modelo tradicional de agência irá perdurar por muito tempo, porque há necessidade, por parte do cliente, de interação. Às vezes, o cliente quer fazer um financiamento, comprar um bem a crédito e ele faz isso por meio da agência”, explica Bendine.
Bancarizados
“As previsões que tínhamos há 15 anos não se confirmaram. Cada vez mais o cliente quer atendimento presencial, apesar do crescimento das operações eletrônicas”, afirma Bendine. A meta de novas agências, diz ele, é para oferecer atendimento para os cerca de 30 milhões de pessoas das classes C e D que se tornaram “bancarizados” nos últimos anos, com o crescimento da economia do País e dos níveis de emprego e renda.
Para atender essa nova clientela, o BB anunciou a contratação de 10 mil funcionários. “O banco cresceu muito inorganicamente e não estamos preparados em termos de pessoal”, avalia. Os concursos estão suspensos por conta da legislação eleitoral, que proíbe contratações em épocas de eleições. Mesmo assim, dos 10 mil planejados, já foram contratados 6 mil. O restante virá até meados do ano que vem. O pessoal total do banco está em 106 mil funcionários.
O novo modelo de instalações, a +BB, é um misto de agência e correspondente. “O correspondente fica mais com os pagamentos. Nosso funcionários voltam-se para o atendimento, na gestão financeira, orientação ao cliente”, explica Bendine. Esse novo formato é voltado para pequenos municípios, onde não há demanda para uma agência tradicional, acrescenta o presidente do BB.
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