Após um longo período de quarentena em razão da pandemia, aos poucos os estabelecimentos responsáveis por ensino começam a voltar para o modelo de aula presencial. Particularmente, estou nessa desde outubro de 2.020, mas o que temos de notícias é que algumas faculdades ficaram online durante 2.020 e 2.021 inteiro. Algumas relutam para voltar. Sinceramente, não sei o motivo.
De todo modo, este período foi um momento de trabalho e de
reflexão a respeito deste tema: o ensino. O que poderia ser feito para expandir
o ensino; fazê-lo chegar onde as pessoas precisam, mas não há viabilidade
econômica para tal?
Antes de uma reflexão específica, convém explicar algumas
coisas.
Comecei a minha vida de estudante nos anos 80. Naquele tempo, tudo que tínhamos, até então, era o ensino presencial. Recursos tecnológicos em sala de aula eram coisas limitadíssimas – basicamente tínhamos algumas fitas de vídeo com conteúdo escolar que os professores poderiam utilizar esporadicamente. Lembro-me de alguns vídeos que os professores passaram na minha turma de primário entre 1.989 e 1.990. A TV de 20” utilizada para exibição não necessariamente era suficiente para tal empreitada, mas era uma opção.
Nos anos 90, o panorama se mantinha o mesmo. No final dos
anos 90, eu estava no colégio e no pré-vestibular ao mesmo tempo, e pude comparar
as aulas de uma escola pública (a minha escola regular, que eu sempre estudei)
para a escola particular em que eu fazia cursinho. Havia alguma tecnologia na
escola particular (o cursinho que eu fazia filmava as aulas em VHS e disponibilizava
para os alunos), mas o maior recurso que uma e outra escola poderia dispor era
o professor e eventuais materiais de apoio. No caso da escola pública, os materiais
de apoio eram os livros didáticos (que naquele tempo não eram fornecidos pelo
governo; nós tínhamos que comprar) e no caso das escolas privadas, o material
era padronizado, muitas vezes na forma de apostilas.
Entrei na faculdade em 1.998 e me formei em 2.003. As coisas permaneceram
basicamente as mesmas, com a inserção de algumas coisas como máquinas que
exibiam slides (nunca utilizadas no curso de Direito, porque não tínhamos muitas
disciplinas relacionadas a fotografias) e os famosos retroprojetores. Lembro-me
de apresentar me TCC me valendo de transparências para melhor conduzir a
apresentação. Era uma espécie de Powerpoint analógico. E era horrível: para
funcionar melhor, os professores apagavam as luzes de parte da sala. Dava até
um soninho. O grupo Dazaranha eternizou essa tecnologia nos versos de “Retroprojetor”:
E eu, ahá
Iê galo cantor, ié ié
Iê cocorocô
Antididático é retroprojetor
É sempre bom lembrar que a internet se popularizou no país
no final dos anos 90 (muito por influência da novela “Explode Coração” da Rede
Globo), mas que os dados que eram trocados entre as conexões discadas eram
texto, basicamente. Até a internet ter um upgrade significativo, era impensado
contar com ela para vídeos. Então, por volta de 2.002/2.003 alguns juristas de
renome como Luiz Flávio Gomes e Damásio de Jesus começaram a pensar numa
plataforma de cursos em que as aulas aconteciam em determinado ponto do país,
mas seriam transmitidas ao vivo para outros locais. Isso proporcionaria, de
início, um nível de estudo padronizado no país inteiro. O meio que possibilitaria
esta mudança seria o canal de TV fechado. Não por acaso, durante muitos anos,
esses cursos eram conhecidos como cursos satelitários. Uma escola franqueada
teria acesso ao sinal, montaria salas de aula com projetores de vídeo/TVs e, no
dia e hora marcados, as aulas começavam ao vivo. Ao final da aula, monitores
receberiam perguntas do Brasil inteiro por e-mail ou outra forma de contato,
para esclarecimentos. Este modelo tinha duas vantagens (ao meu ver): a aula
acontecia ao vivo e o aluno tinha que se dirigir a um local específico
para assistir a aula. Eu cheguei a fazer curso de segunda fase da OAB no
LFG e o curso era ótimo. Sendo ao vivo, o aluno se obrigava a ter disciplina,
ou perderia conteúdo; sendo na unidade, o aluno não estudaria em casa o tempo
todo (coisa que, para o brasileiro comum, às vezes é bem difícil). Esse modelo
se manteve desta forma, sem novidades, até 2010.
Por volta de 2010 começam a surgir mais uma forma de estudar
na internet (principalmente porque a internet havia evoluído em termos de
velocidade de dados): os cursos online com vídeos gravados. Neste modelo, você
pagava um curso, e a escola liberava aulas em vídeo para você estudar onde
quisesse. O CERS talvez tenha sido a iniciativa mais popular nesse momento, mas
eu também conhecia o EU VOU PASSAR e o IESDE (cheguei a assinar estes dois lá pelos idos de 2.011, quando estudava para um concurso específico). Embora,
num primeiro momento, pareça uma simples evolução dos cursos satelitários, a
dinâmica era bem distinta: você tinha que ter disciplina para acessar todos
os vídeos e teria que fazer isso em outro lugar que não fosse uma sala
de aula mantida pelo curso. E essa dinâmica é ótima para algumas pessoas,
mas pode ser um problema para outras – nem todo mundo tem disciplina para
estudar sozinho e nem sempre há espaço para isso em casa. De todo modo, esse
modelo cresceu imensamente entre os anos de 2.010 e 2.020, inclusive trazendo
mudanças nos cursos satelitários – que começaram a oferecer suas aulas gravadas
nas unidades centrais e transmitidas ao vivo num pacote de vídeos on demand
para aqueles que tem espaço e disciplina para tal meio de estudo.
Neste período, eu me lembro de comentar com alguns colegas
que, considerando a falta de disciplina do brasileiro médio, a aula que fosse
feita à distância deveria ser ao vivo também. Isso porque algumas disciplinas
de algumas faculdades que eu trabalhei migraram para o EAD apostilado e a gente
percebia claramente que ninguém estava usando aquele material. Assim, poderia
ser possível o professor ficar online para explicações e dúvidas, e o número de
alunos pode ser bem maior que uma sala de aula tradicional.
Em 2.020, como é sabido de todos, tivemos uma pandemia que
exigiu algum isolamento, e com isso migramos para o online ao vivo. O
sistema, para mim, estava bem próximo do desejável, mas é claro que nem todo
mundo embarcou satisfeito. Fomos para o online porque era o único meio de
manter as pessoas isoladas, tensos com os riscos e possibilidades da pandemia.
Estávamos cansados antes de começar. Estávamos estressados. E alguns, como eu,
trancados em casa sozinhos lutando para manter a sanidade mental.
Assim, começamos a trabalhar, nas semanas finais do mês de
março de 2.020, com o Google Meet. Nas duas Universidades em que eu trabalho os
funcionários ganham uma conta de e-mail mantido pelo Google, então as ferramentas já estavam todas ali, anos antes da necessidade de uso. Nós precisamos aprender a usar as ferramentas, mas, em pouco
tempo, estávamos utilizando tudo sem quaisquer problemas. Numa das turmas que
eu trabalhei (turma de Pós-Graduação), passamos a utilizar o Zoom. E comecei a
perceber algumas diferenças.
O Zoom tem um áudio melhor que o Google Meet. E, embora a
aula seja um momento visual, o áudio tem que ser bom, e muita gente não consegue
perceber esse detalhe. Para melhorar as minhas aulas transmitidas online, acabei adquirindo, algum
tempo depois, uma interface de áudio (Santo Ângelo CSA DC1) e o meu áudio melhorou
sensivelmente. Foi uns R$ 300,00 naquele tempo, mas eu estava disposto a
investir. Melhorou muito o áudio destas aulas.
Essa reflexão, evidentemente, não é a conclusão; pode ser o
início de uma longa conversa sobre o tema.
Abraço!
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