sábado, 26 de fevereiro de 2011

Algumas linhas sobre o Exame da OAB

Deixei passar alguns dias desde a última prova objetiva da OAB para ficar observando o cenário meio de longe. A atmosfera de insegurança presente neste evento nos faz simples espectadores dos mandos e desmandos do Conselho Federal da OAB, que tem trabalhado fortemente para que se mantenha uma reserva de mercado. Reserva esta que não condiz com a realidade de crescimento econômico do país, que em muitas áreas sofre uma crise por falta de mão de obra qualificada. Enfim...

De todo modo, meu recado vai para aqueles que não obtiveram êxito neste Exame, na primeira fase. Não passar na prova objetiva, acredite, é algo melhor do que ser reprovado na segunda fase. Já que é inevitável, temos que levar em conta que há bastante tempo para se preparar para próxima, e para entender porque você não teve um resultado positivo.

Depois da decepção de não ver questões especificamente sobre o tema Direitos Humanos na prova, podemos entender que não heverão mudanças muito grandes NA PROVA. Direito Constitucional, Administrativo, Civil, Processo Civil, Penal, Processo Penal... Estas disciplinas sempre estarão lá. E você tem que correr contra o tempo para dar conta destes assuntos. Muito raramente alguma disciplina desta será suprimida ou cairá para um número muito ínfimo de questões. Estudá-las é sempre o caminho das pedras.

Deontologia e Ética, no meu ponto de vista, não deveria (e não acredito que deva) perder questões. Mesmo com a determinação de ter os 15% da prova em conjunto com Direitos Humanos, a OAB manteve 10 questões sobre o tema. E, pelo bom senso, deve ser a matéria que os Bacharéis mais devem saber, uma vez que regulamentará todos os direitos e prerrogativas de sua atividade como advogado. Indispensável!

Portanto, segue algumas pequenas dicas para quem já sabe que deve se preparar para o Exame 2.011/1:

- "A prova foi dia 13 último, por isso vou descansar, dar um tempo pra cabeça"... NEM PENSAR! Você até pode dar uma semaninha para recuperar o entusiasmo, mas não mais do que isso. Manter-se estudando é algo importante para todas as situações, inclusive para futuramente você enfrentar um concurso público. Há muito material na internet (principalmente neste blog), como questões, provas anteriores, legislação em audio e roteiros em video. Você tem muito material para continuar estudando caso não tenha turmas de cursinhos inciando neste período.

- Falando nisso, o Exame da OAB Unificado acabou colocando em xeque muitos cursinhos "caça-níqueis" que existem por aí. Não raro sabe-se de cursos que se dizem especialistas em aprovação com número de aprovados muito baixo (ou inexistente), com aulas que não preparam o aluno para todo o conteúdo que é exigido na prova. Informe-se com seus colegas de faculdade para identificar quais são as "buchas" da praça e evite-os. Mais vale uma boa leitura sobre a lei seca do que ser feito de palhaço.

- Sempre digo isso por aqui, e pode soar um pouco impopular, mas seja sincero com você mesmo: o quanto você se dedicou para a prova da OAB? Numa grande maioria das vezes, os candidatos ao Exame da OAB não complementam as aulas com leituras e resolvendo questões, e desta forma fica realmente difícil. Como já mencionei, há muito material gratuíto, na internet e aqui no blog. Aproveite! Ao que tudo indica, a prova está um pouco longe - a do ano passado foi em junho e esta tem tudo para ser em junho também, você tem muito tempo para se preparar.

- Se você estudou bastante para a última prova, tente não ficar pensando nisso. É triste, a gente se sente mal, mas quanto antes você se recuperar disso, melhor será para você. Para este Exame que passou não há nada que se fazer, mas para o próximo há sim, e isso deve ser levado em consideração. Acredite: você só será derrotado pela OAB se desistir da prova. "Não tá morto quem peleia", como dizem os gaúchos, e seja lá o que isso quer dizer  (hehehe) imagino que seja no sentido de não se desistir.

Não gosto muito do terrorismo que se faz quando o assunto é Exame da OAB, mas é preciso pensar da seguinte forma: foi-se o tempo em que se passava na prova sem estudar, ou só com o conteúdo da faculdade. Temos um ensino jurídico deficiente, é quase certo que você terá que se preparar muito para esta prova, muitas vezes aprendendo coisas que não viu na graduação. Outras vezes, lembrando de coisas que estudou faz muito tempo, tanto tempo que já esqueceu os detalhes, justamente aqueles que são cobrados como "pegadinhas" na prova. Organize-se para se preparar. Você só tem a ganhar.

Tente pensar no Exame com otimismo. Afinal, a parte das disciplinas e número de questões cobradas por matéria não mudou.

Espero que ajude!

Um forte abraço
Prof. Fábio

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